quinta-feira, 4 de setembro de 2014

MACACO, NÃO PODE!... E BURRO, PODE?!?

Agora todo mundo faz aquela torcedora gremista que misturou as bolas e chamou Aranha de macaco virar pano de prato. Todo mundo se acha politicamente correto, limpando as mãos na pobre Patrícia que já é tida e havida como a Geni do Grêmio.

Agora que gradativa e eleitoralmente se consolida um tipo de apartheid branco no Brasil da Silva, então fica combinado que não se pode mais chamar ninguém de macaco num estádio de futebol. Muito justo, ninguém gosta - branco, negro, pele vermelha - de ser chamado de macaco.

Mas fica também combinado um punhado de umas coisinhas mais: não pode mais continuar chamando o árbitro de filho dessa e daquela, nem disso e daquilo e muito menos de ladrão.

Não pode, nunca mais, xingar o goleiro de gaveteiro e nem chamar o técnico de burro. Taí ó, burro é pior ou melhor que macaco? E burro, pode?!?

Bolas, a persistirem os sintomas, eu já vou alertando: ai do locutor, repórter ou comentarista esportivo que, daqui pra frente, tenha a ousadia de chamar a Ponte Preta, de Macaca! Ai dele!

O xenofóbico perde o emprego na hora e leva por cima um processo por racismo que pode lhe render um bom tempo de cárcere, denominação politicamente correta para jaula, termo pra lá de conhecido no nosso selvagem sistema penitenciário. Deus nos livre e guarde de dizer que um racista merece ser enjaulado.

RODAPÉ - Ah, sim... E o Lula que pare imediatamente de chamar os torcedores que apupam Dilma onde quer que ela apareça, de uma elite de "cabelos loiros, de olhos azuis". Isso é hostil e preconceituoso. Se quiser continuar discriminando, pode chamar de Pato e de Ganso que ninguém vai se incomodar.