AH, ESSE ENTE ABJETO DE DESEJO!
Deu-se, apagadas as chamas no CTG Sentinelas do Planalto, o casamento de Solange e Sabriny. A juíza, prendada como ela só, estava uma graça.
E deu-se que, apagadas as chamas da intolerância, surge no rescaldo dos salões do CTG Sentinelas do Planalto, em Livramento, beiradas do Rio Grande do Sul com o Uruguai, o casamento homoafetivo entre Solange e Sabriny.
Sob o aplauso dos gaúchos circunstantes no salão do Centro de Tradições, a juíza Carine Labres, travestida de Prenda, realizou a cerimônia que foi explícita para mais outros 27 casais heterossensibilizados.
De minha parte, aqui assim ao longe e guardando a devida distância, a festa ia muito bem, até quando o par de pombinhas enamoradas adentrou o recinto.
Que surpresa! Duas mulheres se casando assim desse jeito: uma, com vestido de noiva, bem mulher como ela parece ser; outra vestida de noivo, bem homem como ela não consegue ser.
Que frustração pra turma que foi ao CTG para ver um casamento entre duas mulheres; entre duas esposas e acabou vendo a união entre uma noiva e uma marida.
Bolas, se são mulheres e acham por bem se unirem para sempre até que a morte as separe como duas mulheres que se amam e se merecem, por que então uma delas tem que se vestir de noivo e parecer-se com esse ente abjeto de desejo que é o homem, esse bípede que perambula pela face da Terra?!?
Essa coisa de vestir calça comprida, paletó e gravata deixou no ar a impressão que era fetiche. Se não era isso, então foi preconceito. Ah sim... A juíza de paz, prendada como ela só, estava uma graça.