domingo, 15 de junho de 2014

HABEMUS COPA SEM COTA
Argentina 2 x 1 Bósnia

A Bósnia, desfalcada da Herzegovina é só uma República dos Balcãs. Em termos de Copa é, como a Croácia, herdeira do futebol da Iugoslávia que a pariu.

Já a Argh!entina, você está ciente disso, é todinha da Cristina Kirchner que, como Juan Domingo Peron, já morreu e não sabe. Ás vezes acho até que a Argh!entina está para Cristina Kirchner, assim como o Maranhão para Roseana Sarney.

Não tinha três minutos de jogo e já estava 1 x 0 para a Argh!entina. Eu não disse que esse time era uma bósnia?!? Quem meteu contra suas próprias redes mesmo foi o zagueirão Kolasinac, a quem falta habilidade até para cobrar lateral. Se fosse cantor, desafinava assobiando.

A Bósnia é uma bósnia, mas a Argh!entina é outra. Jogo murrinha. Vale pela torcida que faço a favor da Argh!entina. É um dos fortes candidatos a desclassificar a seleção dos cartolas da CBF. Outubro não pode ser vermelho.

Lá se foram 20 minutos e Messi pegou 5 vezes na bola. Errou quatro e armou dois contra-ataques . Tá se achando melhor que o Neymar.

A Bósnia troca passes. A torcida de brasileiros ricos grita olé. Se a Dilma estivesse no Maracanovo, a torcida estaria gritando outra coisa. Se a Bósnia é uma bósnia, Dilma está virando uma Geni.

Messi acaba de perder mais uma jogada. Pensa agora que é o Cristiano Ronaldo. E lá vai a Bósnia traveis. Até agora não deu um chute a gol. Mas para o meu gosto já deveria ter virado o placar.

Ei, o Messi! Cadê o Messi? Ele vai ter que provar que existe - como diria Dilma Vana diante de qualquer denúncia de corrupção - cadê as provas, cadê?!?

Epa! Que coice de cabeça. O atacante Bósnio cabeceou pra fazer Gol mesmo. Aí aparece esse goleiro argh!entino. Que bósnia, tchê! É a defesa da Copa sem Cota.

Não tem um argh!entino afro-descendente no Maracanovo; brasileiro, então, nem se fala: é tudo rico, esse Copa não é pro nosso bico.

Pronto, terminou o primeiro tempo. Se eu fosse técnico da Argh!entina tirava o Lionel Messi e botava o Diego Maradona.

Começa a segunda fase. O ponteiro argh!entino cruza da esquerda para a direita, rumo ao centro da área, igualzinho igualzinho ao que fez o ponta esquerda da Croácia contra o selecionado da CBF. O zagueiro afastou com segurança. Você estão pensando que ele é algum Marcelo, por acaso?!?

Coisa de 20 minutos de jogo, fui fazer um chocolate quente - que está friozinho aqui em Brasília - e dei a costas para a TV. Pronto, foi o que bastou. Gol do Messi. E bonito: beijou a trave e entrou. Ele já está se achando melhor que o Pelé.

Lionel Messi é para o futebol argh!entino o que Carlos Gardel foi para o tango portenho. Messi, criado em Barcelona na beira rica do cais; Gardel, nascido na uruguaia Tacuarembó,com pé em Toulouse, na França. Ambos, no entanto, dois grandes estrangeiros com alma de filhos do vice-reino do Rio da Prata.

Ah sim, está 2 x 0. Quem tem Messi no time, tem um Gardel regendo uma orquestra. Essa Argh!entina. Opa! Gol da Bósnia. A banda desafinou. O futebol é uma caixinha de surpresas e não de música. Mesmo para quem é capaz de dar 27 passos diferentes de tango em cima de um tijolo.

Está 2 x 1. Ainda confio que, se os deuses sacanearem o time da CBF, o clube do Scolari pegue a Argh!entina pela frente. Está, não. Estava. Acabou. Os argh!entinos estão se achando os melhores do mundo. Grande novidade.