COPA DE CHUMBO
Show de Repressão na Copa do Governo
E então começou o espetáculo. No centro da arena, cercada de torcedores loiros de olhos azuis, dentes de marfim e óculos de grife, a coreografia mostrou companheiros camuflados de árvore. Fez sentido. Afinal, a Copa é uma guerra, lá fora do estádio.
Tinha até uma samambaia de óculos e um filhote de bandeirante disfarçado de índio numa canoa furada. Outras árvores representaram muito bem, o tempo todo, a seleção dos cartolas da CBF: tudo perna-de-pau.
Aí, no centro de uma bola que se abria e se fechava o tempo todo, Jennifer Lopez, Cláudia Leitte e um Pitbull careca que só faltou ladrar, se requebravam enquanto dublavam alguma coisa que falava em Brasil. De repente, no camarote, Joseph Blatter disse para Dilma Vana acomodada com cara de poucos eleitores a seu lado: "O show já terminou".
Até mesmo para a president@ o espetáculo inicial, pareceu uma coisa meio assim sem pé nem cabeça; um grande ensaio de Carnaval; tipo micareta. Tudo muito de acordo, deve-se dizer a bem da verdade, com o conceito que levou Dilma Vana dizer ao Brasil e ao mundo que esta vai ser a Copa das Copas.
Se é por isso aí, por enquanto, a pipoca e o guaraná estão me saindo muito caro. Ah sim, e já tirei o som da TV. O Luciano do Valle já morreu. Os que estão narrando também, mas ainda não sabem.
RODAPÉ - Essa rede amestrada de TV merece saber que já morreu e não sabe. Tiraram o som da vaia que Dilma levou quando chegou ao Itaquerense - misto de Itaquera com Figueirense. E ainda disseram, timidamente, que houve um "início de apupo" logo abafado pelos aplausos. Sou Croácia desde criancinha.