LAVA-JATO, UM ROMANCE POLICIAL,
OU “O MEU PASSADO ME CONDENA”
Por favor, não perca o rodapé. Nem o leia antes... É a moral da
história.
O Petrolão está
pegando fogo. É um incêndio criminoso. A Camargo Corrêa já está negociando um
acordo de delação premiada. Agora, não vai dar mais para Dilma Coração
Ambivalente e Maria das Graças Poster alegarem que os delatores são
ex-dirigentes movidos pelo espírito de revanche.
Os “detratores” do
discurso de posse da Dilma por Dilma já não são apenas os malfeitores internos;
são os tais “detratores externos” que começam a ganhar nome e sobrenome. A menos
que Dilma Vana, Lula da Silva, Maria da Graça e seus falcões considerem os
empreiteiros “gente da casa”. Aí são animais políticos internos e não externos.
E, se assim for, assim
é que se descobre, então, que os “detratores externos” da Petrobras não são os
jornalistas que noticiam o bunga-bunga da estatal, nem os insurrectos
investigadores da Polícia Federal e, muito menos o intimorato e persecutório juiz
Sérgio Moro. Os “detratores externos” que Dilma ameaçou são mais da casa, são mais
internos do que nunca.
E então é chegada a
hora de nos dizer logo, dona Dilma Coração Ambivalente: de quem é mesmo, além
da senhora, de Graça Poster, de Lula da Silva, dos conselheiros, do PT & Associados
e seus falconetes, que a Petrobras tem que se defender?
Ah diga logo, dona
Dilma Coração Ambivalente; a gente tá se desmanchando de curiosidade.
RODAPÉ – Não é que a gente
queira bancar o detetive, mas para qualquer Sherlock Holmes doméstico, há
claras evidências de que, conhecendo como se conhece a vida pregressa do companheiro
bom e batuta, Lula da Silva será no fim de tudo o maior delator premiado desse
interminável e eletrizante romance policial. E tudo terá um merecido final
feliz: “Não fui eu; eles me apunhalaram pelas costas”!