quarta-feira, 28 de maio de 2014

Voy a cantar El Sombrero

Entonces, así es que, ante las insistentes peticiones, voy a cantar "El Sombrero". Pronto, então vou torcer para a Seleção dos Cartolas da CBF ser hexacampeã mundial de futebol.

Afinal eu fui um boleiro a vida toda. Boleiro de jogar bola; e de cantar boleros. E acho até que fazia uma coisa e outra melhor que muitos desses cabeças-de-bagre afilhados da Família Scolari.

Qualquer dúvida, pergunte, ao Flávio Teixeira, o Murtosa a quem fiz a gentileza de jogar uma peladas varzeanas com ele lá pelos campos do Progresso, Tamandaré e do Estrela F.C. - estádios abertos de Pelotas - minha pátria pequena que deixei lá no Sul.

Mas, então tá. Atendendo a insistentes pedidos vou torcer pela seleção da pandilha do Zé Maria Marin, o Embolsador de Medalhas. Vou entrar no elenco dos que acham que o selecionado verde-amarelo é a pátria de chuteiras só para ser agradável ao gosto de quem cutuca com otimismo desmedido o meu contido patriotismo.

E aí então, como se minha torcida não me tornasse um colaboracionista com essa caterva que se apropriou indebitamente do meu país e instalou o estado porcário Brasil da Silva, caio na realidade diante da escalação titular dos imbatíveis campeões da nação que se prepara para as clássicas eleições de outubro:

Goleiro: Dilma Vana; Defesa: Renan Calheiros, Henrique Alves, Lewandowski e Toffoli; Meio-de-Campo: Zé Dirceu, Zé Genoíno, João Paulo Cunha, Roberto Jefferson e Delúbio Soares; Atacante: Lula da Silva. Técnico: Zé Sarney; Auxiliar-técnico: Paulo Maluf.

Pronto, voy a cantar "El Sombrero". E eis que sou acometido de premonição: sinto que vou desafinar e bailar na curva.