quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O HOMEM QUE SABIA DEMAIS

E então Dilma-2 pensou, pensou, pensou, fez suspense e decidiu manter Luciano Coutinho como o operador do BNDES. A decisão, já se vê, foi por puro merecimento.

Não foi preciso concurso nem nada dessas baboseiras com que os nossos filhos ficam sonhando, anos e anos, dentro das universidades que nos deixam de calças na mão.

Também, Coutinho não precisa disso: tem mais títulos de doutor do que Dilma e Lula juntos.

Mas não é por ser consultor, professor, operador e PhD em Economia pela Universidade de Cornell, na Terra de Marlboro que ele foi ungido pela dupla que mais tem o domínio dos fatos nesse país.

Luciano Coutinho é presidente e dono da chave do cofre do BNDES desde 2007, quando foi laureado pelo Doutor Honóris Causa Própria, Lula da Silva.

Coutinho sabe tudo e mais um pouco desses Anos Dourados de farta distribuição de bagarotes para os deuses daqui e de todo mundo.

E esta é a sua grande credencial para ocupar o cargo: sabe de onde sai a bufunfa, para quem sai, como sai e quem ganha ou perde nessa enorme caixa-preta do notável e até agora incólume colosso Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

E então, assim é que Dilma-2 pensou, pensou e pensou, fez suspense e... Tá! Confirmou Luciano Coutinho - o Homem que sabia demais.

Mas, cá pra nós e que ninguém nos leia, isso já não é confirmação; é confissão.

Dilma-2 deixou claro nesse seu gesto pensado e repensado que não gostaria de ver Luciano Coutinho promovido a um dos cargos mais importantes e acreditados nesse país: o de delator premiado.

Bolas, Coutinho não é nenhum James Stewart e nem Dilma-2 é uma Doris Day. Mais que isso, Dilma-2 nem gosta tanto assim de Coutinho como Doris Day gostava de James Stewart... O diabo do enredo é que Coutinho é o homem que sabe demais. E esse filme a gente já viu.